A família Niepoort opera de forma independente no mercado do vinho do Porto desde 1842. Franciscus Marius Niepoort, natural de Hilversum, Holanda, pôs os pés em Portugal e fundou a Casa, hoje mundialmente famosa.
A casa do vinho do Porto da família foi fundada nessa época, mas apenas a partir de 1987, quando Dirk van der Niepoort se juntou ao seu pai Rolf nos negócios da família, a empresa passou a possuir vinas próprias. Até então, a Niepoort era um tradicional negociante de vinho do Porto: os vinhos-base eram adquiridos a viticultores do Douro, nutridos e amadurecidos, depois loteados e comercializados a partir das caves da empresa em Vila Nova de Gaia, Porto.
Dirk van der Niepoort, nascido em 1964, descobriu sua paixão pelo vinho enquanto jovem, durante um estágio na loja de vinhos Mövenpick, na Suíça. O trabalho convencional da casa de vinho do Porto já não o satisfazia. Ele queria cultivar suas próprias uvas para controlar a qualidade desde o início. Dirk pretendia também pisar a pé os seus vinhos em lagares tradicionais de granito. Este metodo representa um tipo de maceração cara que requer muito trabalho com as mãos e os pés. No entanto, o enólogo apaixonado tinha a certeza que os vinhos do Porto perderiam densidade e complexidade se apenas fermentassem em cubas.
Comprou assim a dilapidada Quinta de Nápoles, na sub-região do Cima Corgo, na margem esquerda do Tedo, um afluente do Douro. A Quinta foi mencionada em documentos históricos de 1496, tornando-se uma das propriedades mais antigas de toda a região. Um ano mais tarde, a empresa adquiriu também a Quinta do Carril, que fica logo acima da Quinta de Nápoles.
No entanto, os Niepoort não puderam trabalhar imediatamente as vinhas, que durante décadas foram abandonadas: primeiro, tiveram de fazer investimentos substanciais. 15 hectares tiveram que ser totalmente replantados. Outros 10 hectares com vinhas com mais de 70 anos poderam ser preservados.
Além de produzir seus próprios vinhos do Porto, Dirk fez experiências com vinhos de mesa. Em 1990 Dirk vinificou o seu primeiro vinho tinto, denominado „Robustus“. Os críticos, no entanto, o declararam-no “impróprio para beber” devido aos taninos fortes e à acidez e o vinho nunca chegou ao mercado. Então, Dirk fez seu primeiro “Redoma” tinto em 1991, e quatro anos depois o primeiro “Redoma” branco e em 1999 também a primeira versão rosé do vinho agora mundialmente popular.
O primeiro Batuta chegou ao mercado com a colheita de 1999. Provém das vinhas mais antigas das encostas viradas a norte da Quinta do Carril e rapidamente atingiu um estatuto de culto em Portugal.
Desde a vindima de 2007, os vinhos são vinificados na nova cave da Quinta de Nápoles. Após nove anos de planeamento, foi construída em apenas nove meses.